quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Tinta de impressora pode custar R$ 6 mil por litro

O preço do cartucho de tinta nunca foi dos mais convidativos - em alguns casos, supera o preço da própria impressora. Os fabricantes argumentam que o processo de produção é dispendioso e que precisa ser compensado para manter o padrão de qualidade da tinta final, ao mesmo tempo em que atacam o mercado de cartuchos recauchutados e recarregáveis, mantendo-se em uma posição confortável.
Um blogueiro insatisfeito resolveu fazer as contas e chegou a uma conclusão perturbadora: efetuando o cálculo a partir de um cartucho padrão da HP, contendo 10 mililitros de tinta e custando R$ 55,99, chega-se ao valor de R$ 5,99 por mililitro, de onde se conclui que o preço por litro é de estarrecedores RS$ 6 mil, cifra que supera boa parte dos champagnes mais caros do mercado.

A solução parece ser evitar ao máximo a utilização de documentos impressos e ceder à onda de manipulação de dados virtuais, sem o intermédio do papel. É o caso de Bia Kunze, dona do blog Garota sem Fio, que escreveu para o site Br-Linux : “Eu só uso minha impressora quando realmente preciso. Ou melhor, quando sou exigida. Hoje, é apenas para os receituários dos pacientes, que ainda precisam de um papel em mãos para se dirigirem à farmácia.”

A notícia vem à tona coincidindo com a crescente popularização das certificações digitais, que conferem valor jurídico a documentos virtuais e reduzem ainda mais a necessidade do papel e dos gastos astronômicos com tinta de impressora. PDAs, celulares e aparelhos dedicados a leitura de livros digitais, como o Reader da Sony, parecem apontar para a mesma conjuntura e indicar que, em um futuro não muito distante, o papel pode virar peça de museu.


Certamente os cartuchos são caros, e a estratégia das empresas é tirar a maior parte de sua margem de lucro não das impressoras propriamente ditas mas sim dos cartuchos, que são trocados aos milhões por ano mundo afora.
Quanto ao aumento do uso de pdf digitais e certificações, acho interessante, poupando o planeta do abate de árvores para geração de papel e da poluição derivada do processo de branqueamento da pasta celulósica. Quanto ao papel virar peça de museu...é mito. O papel sempre existirá, mesmo que seu uso seja drasticamente reduzido. Uma das explicações é de que a legibilidade em tela é horrível, cansa rápido e você pisca de 4 a 5 vezes menos do que se não estivesse olhando para um monitor. Ler um texto em um pedaço de papel é tão mais agradável. Nós designers gráficos podemos constatar isso, afinal é o que estudamos.
fonte:
InfomediaTV

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